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Aceclofenaco: Tudo o que você precisa saber sobre o anti-inflamatório

O Aceclofenaco é um medicamento amplamente utilizado no manejo de dores agudas e crônicas associadas a condições inflamatórias, como artrite reumatoide, osteoartrites e espondilite anquilosante. Além disso, é eficaz no alívio de dores musculares, pós-cirúrgicas e odontológicas. Sua eficácia está atrelada à sua ação anti-inflamatória e analgésica, sendo considerado uma alternativa eficaz no tratamento de diversas condições que impactam a qualidade de vida dos pacientes.

A seguir, exploraremos os aspectos farmacológicos, indicações, contraindicações e potenciais efeitos adversos do Aceclofenaco, buscando um entendimento mais profundo sobre o uso deste medicamento.

Composição e apresentação

O Aceclofenaco é apresentado na forma de comprimidos revestidos de 100 mg, com embalagens contendo 12, 16 ou 24 comprimidos. Cada unidade contém:

  • Aceclofenaco: 100 mg (princípio ativo)
  • Excipientes: celulose microcristalina, dióxido de silício coloidal, lactose, amido de milho, polivinilpirrolidona, estearato de magnésio, entre outros.

O revestimento do comprimido oferece proteção contra a degradação pelo ambiente gástrico, garantindo uma liberação controlada do fármaco e, portanto, maior eficácia terapêutica.

Indicações terapêuticas

O Aceclofenaco é indicado principalmente para o tratamento de:

  • Doenças inflamatórias crônicas: artrite reumatoide, osteoartrites e espondilite anquilosante;
  • Dores musculares: como lombalgias e lesões associadas ao esforço físico;
  • Dores odontológicas: incluindo aquelas decorrentes de extrações dentárias;
  • Pós-operatórios: como após episiotomia ou outros procedimentos cirúrgicos de pequeno porte.

Sua ação é explicada pela inibição seletiva das enzimas ciclooxigenases (COX), responsáveis pela produção de prostaglandinas, mediadores químicos que amplificam a inflamação e a dor.

Contraindicações

O uso do Aceclofenaco é contraindicado em pacientes com:

Adicionalmente, pacientes com insuficiência hepática grave, insuficiência renal avançada ou doenças cardiovasculares descompensadas devem evitar seu uso.

Efeitos adversos

Embora o Aceclofenaco seja geralmente bem tolerado, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais, que variam de leves a moderados. Os mais comuns incluem:

Gastrintestinais:

Sistema nervoso central:

  • Tonturas, vertigem, parestesias e tremores;
  • Alterações do sono, como insônia ou sonolência.

Cardiovasculares e metabólicos:

  • Edema periférico e palpitações;
  • Hipercalemia em tratamentos prolongados.

Reações dermatológicas:

Apesar da gravidade potencial, a maioria dos efeitos adversos é reversível após a descontinuação do medicamento.

Interações medicamentosas

A administração concomitante do Aceclofenaco com outros medicamentos requer atenção especial:

Recomenda-se evitar o uso concomitante com metotrexato em períodos menores que 24 horas, pois isso pode elevar os níveis tóxicos do imunossupressor.

Posologia e modo de uso

A dose padrão para adultos é de 100 mg a cada 12 horas, preferencialmente após as refeições para minimizar irritações gástricas.

Grupos específicos:

  • Idosos: Não requerem ajustes de dose, mas necessitam de monitoramento rigoroso devido à maior suscetibilidade a efeitos adversos.
  • Pacientes com insuficiência hepática leve: Devem iniciar com doses reduzidas (50 mg a cada 12 horas).

Em casos de superdosagem, os sintomas incluem hipotensão, convulsões e irritação gastrintestinal. O manejo é sintomático, envolvendo lavagem gástrica e uso de carvão ativado.

O Aceclofenaco desempenha um papel crucial no alívio da dor e inflamação, combinando eficácia com um perfil de segurança aceitável. No entanto, como qualquer medicamento, seu uso deve ser pautado pela avaliação médica, levando em consideração contra indicações e possíveis interações medicamentosas.

Para mais informações, é importante consultar a bula oficial ou profissionais de saúde qualificados.

Referências

  1. Rang, H. P., Dale, M. M. Farmacologia. 8ª edição. Elsevier, 2021.
  2. Goodman & Gilman. As Bases Farmacológicas da Terapêutica. 13ª edição. McGraw-Hill, 2020.
  3. Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR). Diretrizes para o uso de AINEs, 2023.

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