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Despacilina: Eficiência e Cuidados no Tratamento Antibiótico

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A Despacilina, cujo princípio ativo é a benzilpenicilinaprocana, é um antibiótico amplamente utilizado na medicina para combater uma série de infecções bacterianas. Classificada dentro da terapêutica antibiótica, essa medicação é especificamente indicada para o tratamento de infecções nas vias aéreas superiores e inferiores, pneumopatias, além de infecções de pele de leve a moderada gravidade. A aplicação deste medicamento segue protocolos rigorosos, sendo essencial compreender sua ação, eficácia e os cuidados que devem ser tomados durante o seu uso.

A Despacilina é apresentada em frascos-ampola de 400.000 U, em embalagens contendo 100 unidades, cada uma acompanhada de 2 ml de água bidestilada para injeção, o que facilita a administração do medicamento via intramuscular. O antibiótico é especialmente eficaz contra agentes bacterianos que respondem bem aos níveis séricos de penicilina, como os estreptococos dos grupos A, C, G, H, L e M. Esses micro-organismos são comumente responsáveis por infecções respiratórias e de pele, e a sensibilidade desses patógenos à penicilina torna a Despacilina uma escolha eficiente no combate a essas condições.

Contudo, é importante destacar que o Streptococcus faecalis (grupo D) habitualmente apresenta resistência à penicilina, sendo necessário, nesses casos, buscar alternativas terapêuticas. Além disso, infecções pneumocócicas do trato respiratório também demonstram uma boa resposta à penicilinoterapia, embora as formas mais graves de infecção, como meningite, bacteremias, empiema, peritonites e pericardites causadas por pneumococos, exijam um tratamento mais intensivo com penicilina G cristalina administrada por via endovenosa, normalmente em ambiente hospitalar, dada a necessidade de monitoramento rigoroso.

No tratamento de infecções estafilocócicas, é imprescindível a confirmação da sensibilidade bacteriana à penicilina através de um antibiograma, principalmente devido ao crescente número de cepas resistentes à penicilina. Infecções acompanhadas de coleções purulentas, mesmo quando os agentes patogênicos são sensíveis à penicilina ou a outros antibacterianos, podem requerer intervenção cirúrgica para drenagem do pus, ressaltando a necessidade de um tratamento combinado entre antibióticos e procedimentos médicos.

Outras infecções como gonorreia, difteria (em associação à antitoxina), fusoespiroquetas (gengivite e faringite de Vincent), e sífilis causadas pelo Treponema pallidum, geralmente respondem ao tratamento com penicilina, embora a sífilis, em particular, demande esquemas posológicos específicos devido à complexidade do tratamento dessa infecção.

Apesar da sua eficácia, o uso da Despacilina não está isento de efeitos colaterais. Reações cutâneas adversas, decorrentes de hipersensibilidade, são relativamente comuns. Elas podem incluir exantema, urticária, erupções maculopapulares ou esfoliativas. Além disso, reações sistêmicas mais graves, como febre, calafrios, edema, artralgia, desconforto respiratório, e edema angioneurótico, são possíveis, especialmente em pacientes com histórico de alergia à penicilina, seus derivados ou cefalosporinas. Em casos mais severos, pode ocorrer choque anafilático, uma condição potencialmente fatal que requer tratamento emergencial imediato, envolvendo a administração de adrenalina, corticosteróides e oxigenoterapia.

Em termos de precauções, a Despacilina é indicada exclusivamente para aplicação intramuscular. O uso de penicilinas deve ser cuidadosamente considerado em indivíduos com histórico de alergias cutâneas ou respiratórias, como asma, devido ao risco elevado de reações adversas. O uso prolongado ou em altas doses de antibióticos pode levar ao crescimento exacerbado de fungos ou ao surgimento de cepas bacterianas resistentes, exigindo, nesses casos, tratamentos complementares.

No tratamento de gonorreia, é fundamental considerar a possibilidade de co-infecção por sífilis, a qual exige tratamento específico. A fórmula da Despacilina combina benzilpenicilinaprocana 300.000 U e benzilpenicilina potássica 100.000 U, proporcionando uma ação prolongada e eficiente contra os patógenos alvo.

Contraindicações também são claras e devem ser rigorosamente observadas. Pacientes com histórico de hipersensibilidade à penicilina, seus derivados ou cefalosporinas devem evitar o uso deste medicamento. Além disso, a injeção intramuscular de Despacilina deve ser realizada com extremo cuidado para evitar a aplicação inadvertida em áreas com grandes vasos sanguíneos ou nervos, o que poderia resultar em complicações graves, como lesões neuromusculares permanentes.

O modo de uso recomendado para a Despacilina envolve a administração intramuscular profunda, preferencialmente no quadrante superior externo da nádega, uma área considerada segura para injeções profundas. Em casos de infecções de leve a moderada gravidade, a dose usual é de 1 frasco-ampola a cada 12 ou 24 horas, conforme a prescrição médica. Em situações mais complexas, como a difteria, a dose pode variar de acordo com a necessidade terapêutica, sendo comum a administração complementar de antitoxina.

A observação cuidadosa de sinais de dor intensa durante a injeção é crucial, pois isso pode indicar a proximidade de vasos sanguíneos ou nervos, sendo recomendado interromper imediatamente a aplicação e escolher outro local para a injeção.

Em resumo, a Despacilina é um antibiótico eficaz, mas seu uso requer atenção redobrada devido às possíveis reações adversas e às precauções necessárias para evitar complicações. A prescrição médica e o acompanhamento cuidadoso são essenciais para garantir que o tratamento seja seguro e eficaz.

Fabricante:

Bristol-Myers Squibb Farmacêutica S.A.
Rua Carlos Gomes, 924,
Santo Amaro – São Paulo – SP
CNPJ 56.998.982/0001-07
Sac: 0800 727 6160 – sac.brz@bms.com

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