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Furosemida: Um Antihipertensivo e Diurético Eficaz

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A furosemida é um medicamento amplamente utilizado na prática clínica, reconhecido por sua eficácia como diurético e antihipertensivo. Pertencente à classe dos diuréticos de alça, este fármaco atua em diversas condições médicas, como insuficiência cardíaca congestiva, hipertensão arterial e edemas de várias origens. Neste artigo, exploraremos em profundidade a furosemida, suas indicações, efeitos colaterais, interações medicamentosas e precauções necessárias para garantir seu uso seguro.

Princípio Ativo e Composição

O princípio ativo da fórmula é a furosemida, que possui a seguinte composição por comprimido:

  • Furosemida: 40 mg
  • Cloreto de potássio: 100 mg
  • Excipiente: q.s.p. 300 mg

Essa combinação é projetada para otimizar os efeitos terapêuticos, onde o cloreto de potássio atua como um suplemento, compensando as possíveis perdas de potássio que podem ocorrer devido à ação diurética da furosemida.

Mecanismo de Ação

A furosemida atua principalmente no ramo ascendente da alça de Henle, uma parte do néfron nos rins responsável pela reabsorção de sódio e cloro. Ao inibir a reabsorção desses íons, a furosemida aumenta a excreção urinária de água, sódio e cloro, resultando em um efeito diurético. Esse efeito é observado rapidamente, geralmente entre 1 a 3 horas após a administração, e sua duração varia de 6 a 8 horas. Isso torna a furosemida uma opção eficaz em situações que requerem redução rápida do volume intravascular e controle da pressão arterial.

Indicações

As principais indicações para o uso da furosemida incluem:

  • Insuficiência Cardíaca Congestiva: A furosemida é frequentemente utilizada para aliviar os sintomas de congestão em pacientes com insuficiência cardíaca, contribuindo para a redução do edema pulmonar e periférico.
  • Hipertensão Arterial: Este fármaco é empregado no tratamento da hipertensão, podendo ser utilizado como monoterapia ou em associação com outros antihipertensivos.
  • Edemas de Diversas Origens: A furosemida é eficaz no manejo de edemas causados por condições como cirrose hepática, síndrome nefrótica e outras situações que resultam em retenção de líquidos.

Além dessas indicações, a furosemida também pode ser utilizada como coadjuvante no tratamento de intoxicações exógenas, onde a diurese forçada é necessária para a eliminação de substâncias tóxicas.

Efeitos Colaterais

Embora a furosemida seja geralmente bem tolerada, alguns pacientes podem apresentar efeitos colaterais. Entre os mais comuns, destacam-se:

  • Reações Dermatológicas: Dermatites variadas, incluindo urticária e, em casos raros, dermatite esfoliativa.
  • Sintomas Gastrointestinais: Náuseas, vômitos e diarreia são reações adversas que podem ocorrer.
  • Alterações Visuais: Turvação transitória da visão e parestesia podem ser relatadas por alguns usuários.
  • Hipotensão Postural: A queda da pressão arterial ao mudar de posição pode ocorrer, especialmente em pacientes mais sensíveis.

Além disso, a depleção eletrolítica, manifestada por sintomas como tontura, fraqueza e confusão mental, deve ser monitorada, especialmente em pacientes com risco de desequilíbrio eletrolítico.

Modo de Uso

O modo de uso da furosemida varia conforme a condição a ser tratada:

  • Edemas Periféricos: A dose inicial é de 1 comprimido ao dia, podendo ser aumentada para 2 a 3 comprimidos, conforme critério médico.
  • Hipertensão Arterial: Dependendo da gravidade, pode-se administrar de 1 a 2 comprimidos ao dia. Em regime de manutenção, recomenda-se 1 comprimido ao dia ou em dias alternados.

É fundamental que o uso seja sempre orientado por um profissional de saúde, que determinará a dosagem e a duração do tratamento de acordo com a resposta clínica do paciente.

Contraindicações

A furosemida possui algumas contraindicações que devem ser rigorosamente observadas:

  • Insuficiência Renal com Anúria: A administração de diuréticos em pacientes anúricos deve ser evitada.
  • Coma Hepático: O uso da furosemida em pacientes com coma hepático não é recomendado.
  • Distúrbios Graves do Equilíbrio Eletrolítico: Pacientes com desequilíbrios eletrolíticos significativos devem ser avaliados antes do uso.

Além disso, a furosemida não deve ser administrada durante o primeiro trimestre de gravidez sem orientação médica adequada.

Precauções e Interações Medicamentosas

Embora a furosemida tenha um perfil de segurança geralmente aceitável, algumas precauções são necessárias:

  • Suplementação de Potássio: Nas doses habituais, o uso do produto não requer suplementação potássica, devido à presença do cloreto de potássio na fórmula. Contudo, em casos de uso prolongado ou em pacientes com insuficiência hepática, o monitoramento dos níveis de sódio e potássio é essencial.
  • Interações Medicamentosas: A furosemida pode inibir a atividade dos anticoagulantes orais, portanto, é necessário realizar exames de coagulação periódicos. Além disso, pode haver necessidade de ajustar a dose de outros anti-hipertensivos quando usados em conjunto com a furosemida.

Conclusão

A furosemida, como diurético e antihipertensivo, desempenha um papel crucial no manejo de condições clínicas que exigem a eliminação rápida de fluidos. Seu mecanismo de ação eficiente, associado a um perfil de segurança geralmente aceitável, a torna uma opção terapêutica valiosa. Entretanto, como qualquer medicamento, é vital que seu uso seja realizado sob supervisão médica, com atenção às contra indicações, precauções e potenciais interações. O cuidado adequado no uso da furosemida pode maximizar os benefícios clínicos enquanto minimiza os riscos associados.

Fabricante:

Laboratório Gross S.A.

Rua Padre Ildefonso Penalba, 389 – Todos Os Santos, Rio de Janeiro – RJ, 20775-020

Telefone: (21) 2597-3112.

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