O medicamento Reglovar combina os princípios ativos Diidro Foliculina e Estradiol, pertencendo à classe terapêutica dos estrogênios e hormônios. Reconhecido por seu papel fundamental na saúde feminina, o produto é utilizado amplamente para tratar condições relacionadas à insuficiência ovariana, disfunções menstruais e outras alterações associadas ao sistema reprodutivo feminino.
Com apresentações disponíveis em gotas (1.000 u.b.i por frasco de 30 ml) e formas injetável (5 mg ou 50.000 u.b.i, em caixas de 3 ou 25 ampolas de 1 ml), o Reglovar se destaca como uma solução versátil para diversas condições clínicas. Este artigo explora em profundidade suas indicações, modo de uso, contra indicações e aspectos técnicos relacionados à sua formulação.
Indicações Terapêuticas
A principal função do Reglovar é estimular o desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários femininos, atuando diretamente no aparelho genital e em outras características femininas. Entre suas aplicações clínicas, destacam-se:
•Insuficiência ovariana: Em suas variadas manifestações, incluindo amenorreias primárias ou secundárias.
•Distúrbios menstruais: Como dismenorreias e oligomenorreias.
•Menopausa: Tratamento de sintomas neurovasculares, como ondas de calor e irritabilidade.
•Vulvovaginites: Contribuindo para a restauração da saúde vaginal.
•Esterilidade e frieza sexual: Apoiando pacientes com dificuldades relacionadas à sexualidade.
•Infantilismo e aplasia genitais: Atuando como agente promotor do desenvolvimento genital.
•Inibição da secreção láctea: Em contextos onde a supressão da lactação é clinicamente indicada.
Essa ampla gama de aplicações reflete o impacto multifacetado dos estrogênios na saúde reprodutiva e no bem-estar geral.
Modo de Uso
O tratamento com Reglovar exige acompanhamento médico rigoroso para garantir eficácia e segurança. As diretrizes gerais incluem:
•Reglovar 1.000 u.b.i (gotas): Recomenda-se 20 gotas, duas vezes ao dia, durante os 15 dias subsequentes ao início do ciclo menstrual.
•Reglovar injetável 5 mg (50.000 u.b.i): Administrado por via intramuscular, com frequência de uma ampola, 1 a 2 vezes por semana, conforme orientação médica.
A dosagem pode variar de acordo com a condição a ser tratada e as características individuais da paciente, reforçando a importância de um plano terapêutico personalizado.
O uso de Reglovar é contraindicado em casos de hiperfoliculinismo, condição caracterizada por excesso de estrogênios que pode levar a complicações, como hiperplasia endometrial. Pacientes devem informar ao médico qualquer histórico de doenças hepáticas, cardiovasculares ou câncer hormônio-dependente.
A Fórmula e o Processo de Produção
O benzoato de diidro foliculina, um derivado químico puro, é o principal componente ativo do Reglovar. Essa substância é cuidadosamente sintetizada e testada para garantir pureza e potência, refletindo os elevados padrões da Quimioterápica Brasileira Ltda, fabricante sediada em Uberlândia/MG.
A Ciência Por Trás do Reglovar
Os estrogênios são hormônios essenciais na fisiologia feminina. Além de regularem o ciclo menstrual, eles desempenham papel crítico na manutenção da densidade óssea, saúde cardiovascular e distribuição de gordura corporal. A combinação de Diidro Foliculina e Estradiol presente no Reglovar reproduz de forma eficaz as ações naturais desses hormônios, restaurando o equilíbrio em casos de deficiência.
Perspectivas Clínicas e Futuras
Embora eficaz, o uso de estrogênios exige vigilância médica devido ao risco potencial de efeitos adversos, como tromboembolismo e hiperplasia endometrial. Estudos recentes indicam que terapias combinadas, associando estrogênios e progestágenos, podem mitigar esses riscos, representando uma área promissora para o aprimoramento do Reglovar e medicamentos similares.
Referências Bibliográficas
1.Rossouw, J. E., et al. (2002). Risks and Benefits of Estrogen Plus Progestin in Healthy Postmenopausal Women. JAMA, 288(3), 321-333.
2.Goldstein, S. R., & Lumsden, M. A. (2017). A practical guide to hormone replacement therapy in the peri- and postmenopausal years. Climacteric, 20(5), 364-371.
3.Barbieri, R. L. (2014). Hormone Replacement Therapy: Risks, Benefits, and Alternatives. Obstetrics & Gynecology Clinics of North America, 41(2), 273-285.