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Zolapin – Bula

Esta bula é um registro histórico do medicamento descrito abaixo, meramente informativo e destinado ao público em geral.

Princípio ativo : Clozapina

Indicação : Zolapin apresenta-se sob a forma de comprimidos simples, redondos, de cor amarela, sulcados em ambos os lados, contendo 25mg e 100mg de clozapina. os comprimidos têm, em um dos lados, Indicaçõesgravadas referentes à dosagem: para o comprimido de 25mg a marca é “cpn25” e para o comprimido de 100mg é “cpn100”.

Os comprimidos de zolapin são acondicionados em blisters de alumínio plástico contendo 10 comprimidos. caixas contendo 30 comprimidos, para cada dosagem.

Zolapin é um agente antipsicótico indicado no tratamento da esquizofrenia refratária a outros neurolépticos. Considera-se refratária a esquizofrenia cujo tratamento com neurolépticos clássicos não obteve êxito, seja por intolerância à medicação, manifestada pela Ocorrência de reações adversas graves e sem tratamento (sintomas extrapiramidais ou discinesia tardia) ou por não haver melhora clínica significativa com o uso de doses terapêuticas de neurolépticos clássicos, combinados ou não.

Farmacocinética :

Clozapina é bem absorvida pelo trato gastrintestinal. Sofre pré-eliminação sistêmica pela parede gastrintestinal. A absorção de Clozapina não é afetada pela presença de alimentos.

O pico de concentração plasmática é atingido em torno de 1 hora e meia após Administração oral, sofrendo estabilização após 8 a 10 dias do início da terapia.

Clozapina sofre metabolismo de primeira passagem, resultando em biodisponibilidade absoluta de 50% a 60%.

Clozapina é rapidamente distribuída e atravessa a barreira hemato-encefálica.

O volume de distribuição de Clozapina é de 1,6L/Kg. Clozapina liga-se em 95% às proteínas plasmáticas.

A duração do efeito de Clozapina é de 4 a 12 horas. A meia-vida está entre 12 a 16 horas.

Clozapina é excretada pelos rins (50%) e pela bile (30%), sob a forma metabolizada. Somente traços da droga são encontrados na urina e fezes.

Contra indicação :

Zolapin é contra-indicada nas seguintes situações:
*Hipersensibilidade à Clozapina ou a qualquer um dos excipientes da formulação;
*Histórico de doenças mieloproliferativas, de granulocitopenia ou agranulocitose induzida por medicamentos;
*Discrasias sanguíneas ou depressão de medula óssea;
*Depressão do Sistema Nervoso Central;
*Doenças hepáticas, renais e cardíacas graves;
*Paralisia intestinal, na região ilíaca;
*Distúrbios cardiovasculares;
*Psicoses alcoólicas e tóxicas, intoxicações por drogas e afecções comatosas.

Modo de Usar :

O tratamento com Zolapin deve ser iniciado, preferencialmente, após um período sem nenhuma medicação, para que se possa determinar a resposta à Clozapina. O início da terapia com Zolapin pode estar associado à hipotensão ortostática e sedação; assim a dose inicial deve ser de 12,5mg no primeiro dia. Se essa dose for bem tolerada, deve-se aumentar 25mg/dia, nos 6 dias seguintes. Na segunda semana, a dose deve ser aumentada em até 50mg/dia para atingir dose diária de 300mg. A duração desse acréscimo pode ser estendida por mais uma semana. A dose terapêutica é, geralmente, de 300 a 400mg/dia, porém alguns pacientes podem necessitar de até 600mg/dia. É preferível a administração em duas doses diárias (ou mais) por causa da meia-vida de Zolapin estar entre 12 e 16 horas. A última e maior dose deve ser administrada à noite.

Após atingir 300mg/dia, a dose pode ser aumentada em 50mg em um dia, porém não mais que 100mg na semana. Em casos extremos, a dose pode variar de 600 até 900mg/dia; a dose máxima é de 900mg/dia. Deve-se considerar que, em doses maiores que 450mg/dia, o risco de reações adversas, como convulsões, pode aumentar.

Uma vez que os máximos benefícios terapêuticos forem atingidos com certa dose, o paciente deve ser mantido com essa dosagem por, pelo menos, 4 semanas até a melhora dos sintomas. Depois disso, a dose pode ser reduzida cuidadosamente até uma dose menor de manutenção. Quando a dose diária total não ultrapassar 200mg, pode-se administrá-la em dose única à noite.

Em idosos, a dose inicial é de 12,5mg, no primeiro dia. Esta dose pode ser aumentada em até 25mg/dia, seguindo as mesmas orientações de posologia.

Em pacientes com histórico de convulsão, funções renal, hepática ou cardíaca prejudicadas (em doenças graves é contra-indicada), a dose inicial deve ser 12,5mg no primeiro dia, e o aumento das doses deve ser lento e em acréscimos pequenos.

Caso o paciente fique 2 dias sem tomar Zolapin, a dose de reinício deve ser de 12,5mg, uma ou duas vezes por dia. Se essa dose for bem tolerada, é possível fazer acréscimos mais rápidos do que os recomendados para o tratamento inicial. No entanto, em pacientes que anteriormente apresentaram parada cardíaca ou respiratória com a dose inicial, mas nos quais se conseguiu eventualmente chegar à dose terapêutica com sucesso, os acréscimos devem ser feitos com extremo cuidado.

Não é recomendado o uso de Zolapin combinada com neurolépticos clássicos. Quando se desejar substituir um neuroléptico clássico por Zolapin, deve-se descontinuar o tratamento com o neuroléptico clássico, reduzindo gradualmente suas doses durante aproximadamente uma semana. Após interromper completamente o uso do neuroléptico clássico por, no mínimo, 24 horas, o tratamento com Zolapin pode ser iniciado conforme já descrito.

Um período mínimo de 6 meses, porém preferivelmente de 9 a 12 meses, de tratamento com Zolapin deve transcorrer antes de concluir se existe ou não resposta à Zolapin.

Se existir a necessidade de suspensão da terapia, a redução da dose deve ser gradativa, durante 1 a 2 semanas. Se a suspensão abrupta for inevitável, o paciente deve ser observado quanto à recorrência de sintomas psicóticos.

 

Efeito Colateral:

As reações mais frequentes com o uso de Zolapin são taquicardia, hipotensão, hipotensão ortostática e febre.

Com menos frequência, foram relatados aumento da transpiração, aumento de salivação, aumento na duração do sono, astenia, sonolência, sedação, aumento da temperatura corpórea, náuseas e vômitos.

Foram relatados também discrasias sanguíneas (agranulocitose, eosinofilia, granulocitopenia, leucopenia, trombocitopenia), dificuldade em urinar, efeitos extrapiramidais (acinesia, hipocinesia), tremores, convulsões, Síndrome Maligna do Neuroléptico (convulsões, respiração ofegante, batimentos cardíacos irregulares, febre, pressão arterial inconstante, sudorese, perda do controle urinário, rigidez muscular, palidez, cansaço e fraqueza), impotência sexual.

Advertências e Precauções

Deve-se ter cautela ao prescrever Zolapin a pacientes com histórico de glaucoma de ângulo fechado, hiperplasia prostática, úlcera duodenal, pós-encefalite, pré-disposição à convulsão ou epilepsia e funções renal ou hepática prejudicadas.

A reação adversa mais significativa com o uso de Zolapin é o risco potencial de agranulocitose ou granulocitopenia. Como essa reação adversa é grave, deve-se restringir o uso de Zolapin a pacientes resistentes ao tratamento com agentes antipsicóticos clássicos e que possam realizar exames de sangue regularmente. A queda no de glóbulos brancos pode estar associada ou não a sintomas de infecção, embora frequentemente o primeiro indício de agranulocitose seja inflamação na garganta e febre. Assim, pacientes em tratamento com Zolapin devem ser cuidadosamente monitorados quando apresentarem sintomas semelhantes aos de gripe. A agranulocitose costuma ser revertida com a interrupção do tratamento.

Foram desenvolvidos estudos com um grupo de pacientes para se definir a “zona de perigo”: valores de s de glóbulos brancos nos quais o uso da Clozapina deve ser imediatamente suspenso. Os valores desta “zona de perigo” são total de glóbulos brancos menor que 3.000 células/mm3, e/ou neutrófilos em menor que 1.500 células/mm3 e/ou de plaquetas menor que 50.000 células/mm3. Neutropenia foi definida tendo valores de neutrófilos de 500 a 1.500 células/mm3 e agranulocitose como de neutrófilos menor que 500 células/mm3. Leucopenia é definida como de glóbulos brancos menor que 3.000 células/mm3.

O grupo foi monitorado por quatro anos e meio, com 45,2% dos pacientes recebendo Clozapina por pelo menos um ano. As primeiras 6 a 18 semanas da terapia mostraram-se claramente como o período de aumento de risco de desenvolvimento de agranulocitose e neutropenia. Nas primeiras 18 semanas ocorreram 89,6% dos casos de agranulocitose. O último caso surgiu em 16 meses. A incidência de agranulocitose diminuiu de 0,7% no primeiro ano para 0,07% no segundo ano. Não foi registrado nenhum caso de agranulocitose no terceiro ano de tratamento. A incidência de neutropenia no primeiro ano foi de 2,3% e 0,7% no segundo e terceiro ano de tratamento. As doses diárias médias eram de 150 a 450mg/dia. A incidência de agranulocitose e neutropenia foi maior entre os pacientes com idade entre 51 e 60 anos. Mulheres têm um risco ligeiramente maior de desenvolver agranulocitose. Dose e origem étnica parecem não influenciar no desenvolvimento de neutropenia e agranulocitose.

Se, após a suspensão do uso de Zolapin, ocorrer redução adicional de leucócitos totais a valores inferiores a 2.000 células/mm3 e redução de neutrófilos a menos de 1.000 células/mm3, o tratamento dessa condição deve ser orientado por hematologista experiente. Se possível, o paciente deve ser encaminhado a um serviço especializado em hematologia, que poderá providenciar condições adequadas de isolamento, se estas forem indicadas.

Os pacientes cujo tratamento com Zolapin foi suspenso por ultrapassarem a “zona de perigo” não devem voltar a utilizar Zolapin.

Considerando esses dados, devem ser tomadas várias precauções antes de prescrever Zolapin.

Antes de iniciar o tratamento, deve-se realizar contagem total e diferencial de leucócitos para certificar-se que somente pacientes com contagem normal de leucócitos recebam Zolapin. Após o início do tratamento com Zolapin, a contagem de leucócitos deve ser realizada semanalmente, durante 18 semanas. Passado esse período, a contagem pode ser feita com intervalos máximos de um mês, enquanto o paciente estiver em tratamento com Zolapin.

É fundamental que o médico esclareça ao paciente a importância desse controle hematológico, conscientizando-o para que compareça sempre aos exames de sangue solicitados.

O paciente deve ser alertado para comunicar imediatamente ao médico qualquer sintoma de gripe, febre, faringite, pois podem ser indícios de agranulocitose. A família também deve participar desse monitoramento.

Medicamentos potencialmente indutores de depressão medular não devem ser usados concomitantemente com Zolapin. Além disso, a associação com neurolépticos de ação prolongada deve ser evitada, devido à impossibilidade de se remover rapidamente do organismo esses medicamentos, que podem ser mielossupressores.

O tratamento com Zolapin exige rigorosa supervisão médica. Pode ocorrer hipotensão ortostática, seguida ou não de síncope. Raramente pode ser grave, acompanhada de parada cardíaca ou respiratória. Esses efeitos ocorrem mais no início do tratamento, se o aumento das doses for rápido; em pouquíssimas ocasiões ocorreram após a primeira dose.

Com o uso de Zolapin, os pacientes podem apresentar aumentos transitórios de temperatura acima de 38 ºC, com incidência máxima nas 3 primeiras semanas. Deve-se investigar se essa febre é benigna ou um indício de agranulocitose. Pacientes com febre alta devem ser observados quanto à Ocorrência de Síndrome Maligna do Neuroléptico.

Uso na gravidez e lactação:

As pacientes em tratamento com Zolapin devem ser orientadas a não engravidar. Zolapin enquadra-se na Categoria “B”, do FDA. Da categoria “B” fazem parte drogas que não demonstraram riscos fetais em estudos com animais, porém não existem estudos na gravidez humana. Até agora, não existem dados suficientes sobre a farmacocinética de Zolapin durante a gravidez na espécie humana, porém sabe-se que Zolapin atravessa a placenta e é excretada no leite materno, podendo causar sedação, diminuição na sucção, irritabilidade, ataques e instabilidade cardiovascular, tanto no feto quanto no lactente.

Assim, o uso de Zolapin não é recomendado durante a gravidez e lactação.

Uso em crianças e adolescentes:

Existem algumas poucas evidências que o uso de Zolapin pode ser benéfico para alguns pacientes jovens que sofrem de esquizofrenia psicótica.

Um estudo duplo-cego analisou a eficácia de Zolapin comparada ao haloperidol durante 6 semanas. Um grupo de 22 crianças com idade entre 2 e 14 anos recebeu tratamento com Zolapin (149 a 176mg/dia) e/ou haloperidol (8 a 16mg/dia). Os pacientes tratados com Zolapin apresentam significativa melhora em comparação aos tratados com haloperidol. Porém, existe a possibilidade do aumento dos riscos dos efeitos colaterais em crianças, portanto um cuidadoso monitoramento se faz necessário.

Além dos efeitos hematopoiéticos, deve-se considerar, em crianças e adolescentes psicóticos, em pelo menos cinco meses de tratamento com três diferentes antipsicóticos, em suficiente dose, ou alternativamente, a Ocorrência de efeitos motores extrapiramidais não controláveis e/ou efeitos adversos colinérgicos com os agentes antipsicóticos clássicos.

Outra consideração especial a ser feita na escolha de Zolapin para crianças e adolescentes é a sua boa eficácia clínica no tratamento de sintomas esquizofrênicos positivos. Com o tratamento, notam-se melhoras em sintomas paranóico-alucinatórios, agitação e comportamento agressivo. Zolapin também mostrou melhora no tratamento de sintomas negativos como anergia, mudez, comportamento bizarro e distúrbios do pensamento. Contudo, a eficácia de Zolapin é maior no tratamento de sintomas positivos do que dos sintomas negativos.

Apesar dessas considerações, não é recomendado o uso de Zolapin em crianças porque a segurança e eficácia do produto ainda não foram bem estabelecidas para essa faixa etária.

Uso em idosos:

Zolapin pode ser usada em idosos, tomando os devidos cuidados indicados na posologia.

Descontinuidade da terapia:

Se existir a necessidade de suspensão da terapia, a redução da dose deve ser gradativa, durante 1 a 2 semanas. Se a suspensão abrupta for inevitável, o paciente deve ser observado quanto à recorrência de sintomas psicóticos.

Efeitos sobre a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas:
Zolapin pode afetar a capacidade de dirigir veículos e operar máquinas. Pacientes em tratamento com Zolapin não devem realizar essas atividades, especialmente no início do tratamento, quando sonolência e outros sintomas podem ocorrer. Após o paciente habituar-se ao medicamento e a sonolência tiver desaparecido, ele pode retomar essas atividades com cautela.

Superdosagem :

Os principais sintomas da superdosagem são coma, letargia, taquicardia, agitação, confusão, alterações no eletrocardiograma e pneumonia por aspiração, hipersalivação, hiper-reflexia e areflexia, hipotensão, apreensão e estupor, midríase, sintomas extrapiramidais, depressão ou insuficiência respiratória, convulsão, delírios e alucinações.

A maioria das mortes por intoxicação de zolapin ocorreu por insuficiência cardíaca ou respiratória, com doses superiores a 2.000mg. porém, há relatos de pacientes que se recuperaram após a ingestão de doses superiores a 10.000mg. contudo, em alguns indivíduos adultos, sem exposição prévia à zolapin, a ingestão de doses próximas de 400mg produziu efeitos tóxicos com risco de morte. em crianças pequenas, a ingestão de 50 a 200mg resultou em sedação profunda ou coma, sem êxito letal.

Não se conhece nenhum antídoto específico para a superdosagem de zolapin. medidas de supervisão devem incluir monitoramento cardíaco por, pelo menos, 24 horas, quando as alterações no ecg e tarquicardia associada com coma estão presentes, assegurar a função renal em pacientes hipotensos, e radiografia de tórax na entrada e também depois de 24 horas, devido ao risco de pneumonia por aspiração.

Surtos epilépticos podem ser controlados com benzodiazepínicos. arritmias ventriculares devem ser tratadas com antiarrítmicos (a procainamida é contra-indicada). é preferível a lavagem gástrica à indução de vômito. imediatamente após a lavagem gástrica, deve-se administrar carvão ativado.

É fundamental supervisão médica rigorosa por, pelo menos, 5 dias após a Ocorrência e tratamento da superdosagem, devido à possibilidade de reações retardadas.

Fórmula :

Comprimido simples de 25mg:
Cada comprimido contém:
Clozapina ………………..25mg
Lactose Monoidratada ………………..48mg
Povidona ………………..4,5mg
Amido Pré-gelatinizado ………………..10mg
Amido de Milho ………………..4,25mg
Talco ………………..2mg
Sílica Coloidal Anidra ………………..1mg
Estearato de Magnésio ………………..0,25mg
Comprimido simples de 100mg:
Cada comprimido contém:
Clozapina ………………..100mg
Lactose Monoidratada ………………..192mg
Povidona ………………..18mg
Amido Pré-gelatinizado ………………..40mg
Amido de Milho ………………..17mg
Talco ………………..8mg
Sílica Coloidal Anidra ………………..4mg
Estearato de Magnésio ………………..1mg

Interação Medicamentosa :

Zolapin não deve ser usada concomitantemente com medicamentos mielossupressores, ou que possam causar depressão de medula óssea.

Zolapin pode aumentar os efeitos depressivos do álcool no SNC, de inibidores da MAO e de outros depressivos do SNC como narcóticos, anti-histamínicos e benzodiazepínicos.

O uso de Zolapin em pacientes que receberam recentemente ou estão em tratamento com benzodiazepínicos ou outros agentes psicóticos deve ser cuidadosamente avaliado devido ao aumento do risco de Ocorrência de complicações cardiocirculatórias e respiratórias.

A terapia combinada com Zolapin e lítio pode aumentar o risco de convulsão, Síndrome Maligna do Neuroléptico e discinesia. Essa associação terapêutica pode ser feita somente se os sintomas hipomaníacos não forem adequadamente controlados com Zolapin. A associação de Zolapin com carbamazepina e outros fármacos psicoativos produz efeitos semelhantes aos do lítio .

O uso de ácido valpróico parece ter influência variável nos níveis plasmáticos de Zolapin. valproatos aumentam os níveis plasmáticos de Zolapin, porém, em um pequeno grupo em terapia com Zolapin, a introdução de ácido valpróico resultou em uma diminuição de 15% nos níveis de Zolapin no sangue e em 65% nos níveis de norclozapina no sangue.

Zolapin compete com digoxina, heparina, fenitoína e varfarina pelos sítios ligantes da albumina, podendo resultar em alterações da concentração sérica de ambos.

O uso de fluvoxamina com Zolapin pode melhorar a eficácia de Zolapin (pelo aumento da concentração sérica), porém pode causar hipotensão e convulsão.

Zolapin pode ter efeitos adversos com ampicilina e eritromicina; com o uso concomitante de anticolinérgicos há potencialização dos efeitos parassimpatolíticos, aumentando o risco de Ocorrência de discinesia tardia.

Zolapin liga-se ao citocromo P450, isoenzima 2D6, e é parcialmente metabolizado por essa enzima. O uso contínuo de agentes que se ligam a essa mesma enzima resulta em alteração nos níveis plasmáticos de Zolapin e/ou da medicação de uso contínuo, podendo aumentar os riscos de recorrência dos sintomas psicóticos.

O uso concomitante de cimetidina e altas doses de Zolapin resulta em aumento dos níveis plasmáticos de Zolapin e dos efeitos indesejáveis.

A descontinuidade da terapia concomitante com a carbamazepina resulta em elevação do nível plasmático de Zolapin.

Na terapia concomitante com fenitoína observa-se redução dos níveis plasmáticos de Zolapin, diminuindo sua eficácia.

Não é relatada nenhuma outra interação, clinicamente importante, com outros medicamentos que competem por citocromo P450, isoenzima 2D6, como os antidepressivos, fenotiazínicos, e agentes antiarrítmicos do tipo IC. Contudo, a possibilidade teórica de interação entre Zolapin (aumentando seus níveis plasmáticos) e os medicamentos citados deve ser considerada. Assim, se for necessário a prescrição desses medicamentos, a dose de Zolapin deve ser diminuída.

Com o uso de drogas anti-hipertensivas, aumentam os efeitos hipotensivos. Os efeitos colinérgicos de drogas similares à atropina podem ser potencializados com o uso de Zolapin. O uso de depressores respiratórios junto com Zolapin também pode ter efeitos aditivos.

Assim, o uso contínuo desses agentes com Zolapin deve ser cuidadosamente monitorado, devido à possibilidade de adição de efeitos.

Em pacientes tratados com Zolapin, o efeito hipotensor da adrenalina e seus derivados pode ser antagonizado devido ao efeito bloqueador da Clozapina.

Venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção da receita

Zolapin é um agente antipsicótico usado para tratar distúrbios psiquiátricos em pacientes que não podem ser tratados por outros medicamentos com a mesma finalidade.

O medicamento deve ser conservado em sua embalagem original, sob temperatura entre 15 ºC e 25 ºC, abrigo da luz, calor e umidade excessiva.

O prazo de validade de Zolapin é de 36 meses, a contar da sua data de fabricação, nas condições acima citadas, estando esses dados impressos em suas embalagens externas.

“NÃO USE O MEDICAMENTO SE O PRAZO DE VALIDADE ESTIVER VENCIDO”

Informe seu médico a Ocorrência de gravidez na vigência do tratamento ou após seu término. Informe seu médico se está amamentando.

Zolapin deve ser usada na gravidez somente se o médico prescrever especificamente. Zolapin pode passar para o leite. Portanto, mães que tomam Zolapin não devem amamentar.

Siga a orientação do seu médico, respeitando sempre os horários, as doses e a duração do tratamento.

Não interromper o tratamento sem o conhecimento do seu médico. A interrupção do tratamento implica em recorrência dos sintomas relacionados à esquizofrenia.

Informe seu médico o aparecimento de reações desagradáveis.

Os possíveis efeitos colaterais mais frequentes são cansaço, sonolência, tontura, aumento na produção de saliva, sudorese e palpitações. Podem ocorrer também constipação, náusea, aumento de peso e dificuldades visuais para leitura.

A reação mais séria e importante que pode ocorrer com o uso de Zolapin é a possível queda na contagem de glóbulos brancos. Por isso, é necessário a realização de exames de sangue regularmente. Esses exames devem ser feitos semanalmente, nas primeiras 18 semanas do início do tratamento com Zolapin e, após esse período, no mínimo uma vez por mês.

Outros efeitos colaterais sérios que podem ocorrer com o uso de Zolapin são convulsões, febre e, especialmente no início do tratamento, queda de pressão arterial e desmaio.

Avisar imediatamente o seu médico se ocorrerem gripe, febre, dor de garganta ou qualquer outro sintoma de infecção.

Informe seu médico se tiver aumento da próstata, convulsões, glaucoma, alergia ou qualquer outra Ocorrência grave.

“TODO MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE DAS CRIANÇAS”

Informe seu médico sobre qualquer medicamento que esteja usando, antes do início, ou durante o tratamento.

Zolapin pode intensificar os efeitos do álcool, de medicamentos tranquilizantes e antialérgicos.

Zolapin pode causar sonolência, especialmente no início do tratamento. Assim, não é recomendável dirigir veículos ou operar máquinas.

Este medicamento foi prescrito para você para tratar seu problema médico atual. Não deve ser dado a outra pessoa ou usado para qualquer outro problema.

“NÃO TOME REMÉDIO SEM O CONHECIMENTO DE SEU MÉDICO, PODE SER PERIGOSO PARA A SUA SAÚDE
Zolapin é para uso exclusivamente oral.

Informações Técnicas

Modo de Ação:

Clozapina é um derivado benodiazepínico tricíclico, que age como um antagonista fraco do receptor D2 central. Possui grande afinidade pelos receptores histamínicos (H1) e serotonínicos (5-HT2). Tem potentes efeitos antiadrenérgicos, anticolinérgicos, anti-histamínicos e inibitórios da reação de alerta. Apresenta também propriedades anti-serotoninérgicas. Acredita-se que o efeito nos receptores D2 e 5-HT2 deva ser o responsável pela ação antipsicótica deste medicamento. Clinicamente, Clozapina produz sedação rápida e acentuada e exerce potente ação antipsicótica. Esta, em particular, é observada em pacientes esquizofrênicos resistentes a outros neurolépticos usados no tratamento. Nestes pacientes, Clozapina é eficaz tanto no alívio de sintomas positivos quanto dos sintomas negativos. Clozapina é um agente antipsicótico atípico por causa de sua baixa capacidade de induzir efeitos colaterais motores extrapiramidais e pouca estimulação da prolactina.

Administração

Os comprimidos destinam-se a uso oral.

Os comprimidos devem ser engolidos inteiros ou fracionados, com um pouco de líquido para facilitar a deglutição. Não mastigar.

Fabricante :

Meizler Comércio Internacional S.A.

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